segunda-feira, 30 de abril de 2012

BEIJA-ME


O que por tempos fugi  desenfreada


O que evitava, mas no fundo desejava


Veio como um furação  avassalador


Destruindo o medo e incentivando  a ousadia





Às vezes a vida nos toma num sopro


Quando menos se espera, num tempo ou noutro


A resistência se enfraquece


Pois não pode evitar o inevitável





Antes que pudesse perceber


Em tão pouco tempo perdi  os sentidos


Quando dei por mim, a luz havia me tomado


E seu espaço de direito invadido





Não quero, te quero, deixei


Não desejo,  te desejo, aboli


Digo te quero e te quero, sim


Toma-me e beija-me assim





Sem pressão, nem coação


Os sentimentos naturalmente se envolverão


Só quero ouvir o que quer dizer


Quero me surpreender junto de você





Só cobro força e objetivo


Decisão e direcionamento Divino


Não seja como as ondas do mar


Que vão e vêm sem propósito


Mas seja como o rio, que segue seu curso

Um comentário:

  1. "Mas seja como o rio, que segue seu curso"

    Concordo em Gênero, número e grau.

    Gostei de sua poesia.

    portaldoinfinito.blogspot.com

    ResponderExcluir