terça-feira, 28 de agosto de 2012


GARRA DE SER GENTE

Blog de andreiasantos :A ARTE QUE HÁ EM MIM, GARRA DE SER GENTE
Poesia Ganhadora da Mensão Honrosa do 2o Concurso Literário Pague Menos -  "BRAVA GENTE BRASILEIRA - A Garra do Brasileiro Contada em Verso, Rima e Paixão"
Suas águas correm como vida
Pela vastião de suas terras.
A mistura do verde e da selva de pedra
Não refletem apenas a sua beleza, 
Mas delas sobrevêm as grandes possibilidades.
Sorte daquele que vê e vive!
Assim como a grandeza e a diversidade
São o seu sobrenome,
O resultado de cada dia
É fruto de união e trabalho
Da terra: combustível e alimento;
Do povo: a força e a garra de ser gente.
Brasileiro, lutador e resistente!
Nos olhos do sertão, a esperança;
No agricultor, o suor que gera fartura;
Na criatividade do artista, a alegria;
No profissionalismo, o desenvolvimento.
O impoerfeito, vislumbra o perfeito!
A superação e o perdão são sinais de nascença
de um povo heróico.
Levanta-se, renova-se e segue em frente, sempre.
Conhecido pelo amor, alegria e calor humano,
Os que te conhecem não te deixam jamais,
E os que te amam, não desistem jamais.

segunda-feira, 30 de abril de 2012



O caminho do amor satisfaz a alma

É aquele que não causa medo

Quando o toque do espírito desperta

Quando a força que emana do alto direciona

Quem poderá fugir do futuro já estabelecido

Que sustenta o fôlego prestes a fluir?



Quando pude ver seus olhos

Algo soprou em meu espírito

Fluidez de sensações inexplicáveis

Curiosidade, necessidade de te conhecer

Impulso que dominou o meu ser



Cada degrau de conhecimento

Levou-me a entender mais de mim

Vislumbrei o reflexo de mim e de você

Envolvendo-se em harmonia sensorial

Formando um único ser divinal



Impossível conter o que se forma voluntariamente

De laços de ternura a intensos pedaços de perfeição

O que é o tempo, pormenor insignificante,

Diante do poder que se transforma em mim?

Ou do que corre por todo o meu corpo

Como oxigênio que o alimenta?



O caminho do amor é muito raro de se encontrar

É tão fácil se enganar e pensar estar nele...

Mas é impossível não reconhecer o engano

Quando realmente se caminha em suas pedras de ouro

Basta olhar para trás e constatar os caminhos, outrora, sem brilho

Sem a resistência que aqui se encontra, capaz de suportar a ação do tempo.

O ser E O SER


Como não compreender a imensidão de ser?
Palavras ditas, não ditas ou malditas.
Gestos feitos, não feitos ou malfeitos.
A perfeição pode ser inalcansável,
Mas muito deve ser desejável.

Alguns pensam que a fragilidade é falta de força.
Fraco é o que desdenha o crescimento de vida.
Aí está o mistério!
Não se trata de complementos essenciais,
assuntos financeiros, intelectuais ou profissionais.
Além e além te proponho se auto-examinar.
Tolice viver na escuridão. Seu ser revela seu Ser?

Não que eu seja um visionário.
Mas pequenas atitudes são de grandeza imensurável.
O bem que deve de nós resplandecer
É o que nos faz um Ser.
Do contrário podemos ser assassinos, sim, acredite!
Atos tão pequenos, imperceptíveis...
Não, por favor, os perceba!
E se alguém está ferido por dentro?
Uma simples gentileza pode ser ponte para a volta à sanidade.
A falta de um sorriso pode arrancar outro,
Ganhar uma lágrima ou provocar um suicídio?

Como não compreender a imensidão do ser?
Palavras ditas, não ditas ou malditas.
Gestos feitos, não feitos ou malfeitos.
A perfeição pode ser inalcansável,
Mas muito deve ser desejável.

BEIJA-ME


O que por tempos fugi  desenfreada


O que evitava, mas no fundo desejava


Veio como um furação  avassalador


Destruindo o medo e incentivando  a ousadia





Às vezes a vida nos toma num sopro


Quando menos se espera, num tempo ou noutro


A resistência se enfraquece


Pois não pode evitar o inevitável





Antes que pudesse perceber


Em tão pouco tempo perdi  os sentidos


Quando dei por mim, a luz havia me tomado


E seu espaço de direito invadido





Não quero, te quero, deixei


Não desejo,  te desejo, aboli


Digo te quero e te quero, sim


Toma-me e beija-me assim





Sem pressão, nem coação


Os sentimentos naturalmente se envolverão


Só quero ouvir o que quer dizer


Quero me surpreender junto de você





Só cobro força e objetivo


Decisão e direcionamento Divino


Não seja como as ondas do mar


Que vão e vêm sem propósito


Mas seja como o rio, que segue seu curso

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

SABEDORIA PARA CONSTRUIR


Sábio é aquele  que não se precipita.

É capaz de esperar o momento da maturidade

O retorno sóbrio do olhar

O fluir da certeza que se pode confiar

Pacientemente  busca  o perfeito  abrochar



Tudo o que vem rápido, logo se desvanece

Mas o que diligentemente é tecido

Firme, forte e próspero se torna

Pelo cuidado planejado e o firmado interesse

Desejo fundamentado, que não se deixa desfalecer  



Construir cada  fio com qualidade

Cada linha escrita buscando a perfeição

Cada detalhe não esquecido, suave à emoção

Preocupação tal  que propicia a melhor realização

Solidez de pensamento,  firmeza no coração



Não deixe-se dominar pelo devastador  impulso

Pelos pensamentos insanos ou  conclusões apressadas

Muitas vezes a verdade  não condiz com o que  se  imagina

Pode-se, assim,  perder a bênção divina

Que está à porta, prestes a ser conquistada



Deixar-se  envolver pelo tempo, sempre com objetivo

Pois não pense que  o tempo é amigo do inerte

Mas escreva  a história, teça um belo tecido,  linha a linha

Em seu devido tempo, a flor se abre, a certeza desabrocha

Basta sentir a energia fluindo, a sintonia surgindo, a paixão nascendo.

domingo, 16 de agosto de 2009

DE PÉ ESQUERDO



Existem dias em que acordamos com o pé esquerdo e nada dá certo. Se percebêssemos isso antes, voltaríamos para cama e acordaríamos novamente só para ter a oportunidade de tentar viver o dia de forma diferente! Tive um dia desses! Lembro-me que, para mim, seria mais ou menos um dia comum, pois era sexta-feira. Iria para o trabalho e depois, para casa. Meu namorado estava de plantão e não iríamos nos encontrar. Mas, logo cedo, recebi seu telefonema pedindo-me para levar sua mãe a um casamento de um parente distante. Eles se lembraram em cima da hora e não deu tempo dele trocar o plantão com um colega. Para mim, iria ficar em casa, descansando, mas, o namorado e a sogra pediram, como iria negar?

Bem, a manhã não foi tão ruim. Fiquei um pouco atarefada porque precisaria sair mais cedo para almoçar, aliás, para ir ao salão fazer uma bela escova. O casamento seria às 19:30 H e não daria tempo após o expediente, pois tinha que fechar a Folha de Pagamento até às 18:30, ou acabaria chegando atrasada ao casório.

Consegui um encaixe no salão, mas, sexta-feira, sabe como é: aquele encaixe! Tive que esperar um bocado, mas consegui. Meu cabelo ficou lindo! Cheguei apenas vinte minutos atrasada no trabalho. Já estava azul de fome, então, pedi um sanduíche. Quando minha refeição chegou, nem pude sentir o gosto, a devorei em cinco minutos. Era hora de continuar, pra valer, a árdua tarefa de terminar toda a Folha de Pagamento a tempo.

Estava indo bem. Nada aconteceu para desviar minha atenção e fazia um trabalho bem veloz, até que, lá para o meio da tarde, caiu um pé d 'água daqueles. Todo mundo adorou, pois já estávamos sem chuva há pelos menos dois meses e meio. A seca de Brasília não é nada fácil! Mas eu logo pensei: "E agora? Já era minha escova! Nem guarda-chuva trouxe! "Se bem que poderia dar sorte. Ainda tinha duas horas e meia para a chuva acabar. Não deixei que isso perturbasse minha atenção. Continuei, firme e forte.

"Pronto! Terminei!" Pensei. Estava feliz! Havia acabado tudo e só atrasei mais vinte minutos. Aqueles malditos da hora do almoço. Mas, olha que coisa boa: a chuva havia passado. Despedi-me de meus colegas e corri para o estacionamento. Não acreditei quando olhei para meu carrinho. Eu tinha mandado lavar quando voltei do salão, mas o havia estacionado embaixo de uma árvore, crente que iria fazer um baita sol. Não acreditei! Toda a sujeira de dois meses e meio que estava em cima daquela árvore agora estava em cima do meu carrinho branco, aliás, preto! Estava nojento! Além da sujeira, havia pequenos galhos e folhas para todo lado. Tristemente, entrei. Pensei em pegar o celular e dizer para minha sogra que nós deveríamos pegar um taxi. Mas, quando chegasse na casa dela resolveríamos isso juntas.

Apesar do trânsito terrível, típico de dia de chuva, cheguei em casa. Já estava em cima da hora. Tomei um banho de dois minutos e coloquei um vestido. Preto, claro! De qualquer jeito, qualquer cor iria acabar ficando preta, mesmo. Melhor prevenir. Cheguei na casa da sogrinha. Ela estava linda, mas com uma cara! Levei logo um sermão por ter chegado atrasada. Pior foi quando contei que não dava para ser no meu carro. Ela já tinha gastado um bom dinheiro com o presente e acabou me convencendo a ir no meu mesmo. Fazer o quê? Era final de mês e eu não também não estava com recursos sobrando para ir e voltar de taxi para um local tão longe. Perguntei se teria Serviço de manobrista, pois pagar íamos o maior "mico", mas ela disse que não se importaria de pagar "mico "para o manobrista. "Tudo bem, então vamos! "Disse sem retrucar.

No caminho, começou a chover novamente. E eu, com aquele mapinha na mão, sem entender bulufas e sem enxergar um palmo diante do meu nariz, ou melhor, diante do pára-brisas. Lendo o "bendito "mapa errado, acabei virando onde não devia e "Pou" que buraco era aquele! Bom, tive que ver pelo lado positivo: o pneu não furou. Não foi maravilhoso? Mas o barulho que meu carro estava fazendo, percebi que o escapamento estraçalhou. "Ao menos anda! "Pensei. Tudo bem, resolvemos retornar o carro, ficar no cantinho da pista e esperar a chuva passar. Ao longe vimos vários carros entrarem no mesmo lugar. Naquele deserto, só podiam estar indo para o casório. Então, deduzimos que teríamos que ir para aquela direção e lá fomos nós.

Conseguimos! Atrasadas, sim, mas inteiras, ou quase. Todos que estavam por lá olharam para nós. Estávamos, realmente, chamando atenção. Mais ainda do que havia imaginado. Antes, o "mico "fosse só com o manobrista! Olhei para minha sogra e tive vontade de esganá-la, mas sorri, claro! Tudo bem, ao menos os noivos estavam lá dentro do salão de festas, porque já havíamos perdido a cerimônia. Então procuramos entrar sorrateiramente e cumprimentar os noivos e seus pais, como se tivéssemos assistido tudo.

A festa foi muito divertida. Dançamos, comemos, bebemos, rimos, etc., até esquecemos de tudo que havíamos passado, se o destino não nos tivesse pregado mais uma de suas surpresinhas. O irmão da noiva era bem jovem, por volta de dezessete anos e resolveu comemorar o casamento de sua maninha tomando seu primeiro pileque. Quando percebemos, a bagunça já havia começado. Foi cadeira para um lado, mesa para outro, até que todos começaram a correr para fora. A festa havia acabado! O anúncio foi da mãe da noiva, que pedindo desculpas pelo acontecido, não conseguiu esconder que estava quase tendo um enfarto. "Eta, filho irresponsável! Não queria estar na pele dele quando todos estiverem em casa!" Era o comentário dos convidados. Mas, na verdade, ao ver aquela multidão aguardando seus carros, não sei quem estava em pior situação. Se ele, ou minha sogrinha e eu. Os manobristas começaram a retirar os carros do estacionamento. Como nós fomos as últimas a chegar, adivinha qual o primeiro carro a ser retirado? Tivemos que entrar naquela maravilha silenciosa com o sorriso amarelo daqueles. Boa noite, amigos, boa noite! Pra você ver, ainda tem quem defenda sogra.
E nada o impede de chegar ao seu destino.

A FORÇA DO AMOR




Camile, uma linda moça de classe média baixa, cresceu em um ambiente em que não se acreditava no amor entre um homem e uma mulher. Sua família sempre dizia que o amor, como aqueles, cinematográficos ou conto de fadas, não existia; que muitos o confundiam com a paixão. A paixão é um momento feliz com alguém que se quer bem. Pode durar um dia, ou anos. Deixa o apaixonado sem fôlego e aéreo. O amor, só existe se direcionado a um amigo, um irmão, um pai, uma mãe. Por isso, no casamento, ele acaba surgindo. Nascem “gêmeos múltiplos”, como sua mãe dizia. Com ele vem a falta de vontade de namorar, beijar na boca, fazer amor, passear de mãos dadas e, assim, sucessivamente, até o fim. Todo esse conceito deturpado foi base da formação de sua personalidade: forte e determinada; decidida e prática; romance não fazia parte de seus planos. Nunca Camile imaginaria que sua base fosse retirada como um tapete e que ela pudesse ficar flutuando, como em nuvens.

Tudo aconteceu em uma de suas viagens, a trabalho, para África. Ela era Assistente Social e Repórter, mas nesse caso, ela iria cobrir uma reportagem de uma doença avassaladora que estava tomando grande proporção em uma cidade africana que falava a língua portuguesa. Ainda não sabia-se muito a respeito, mas ela não tinha medo de nada. O que ela queria era uma grande promoção no jornal, não importava o preço.

Chegando no local, que não era nada turístico, após hospedar-se como podia, Camile começou sua jornada de pesquisas. Filmando tudo que parecia interessante, interrogando tantos quanto pudessem acrescentar em seu trabalho, conheceu um médico que estava lá, simplesmente, para ajudar os enfermos. A mando de ninguém, Dr. Floriano, que morava nos Estados Unidos há mais de 10 anos e mantinha uma clínica de dermatologia de grande sucesso no local, abandonou tudo para atender pacientes atingidos pela nova doença que, por sinal, era manifestada na pele. Sua mãe já havia morrido por causa dela, o que o motivou a voltar a sua terra e ajudar a população. “A África é minha origem; os africanos meus irmãos!” Dizia ele, com orgulho.

Dr. Floriano era um mulato muito bonito. Descendente de africano e alemão, os raros olhos verdes destacavam empele morena. Camile ficou impressionada em todos os sentidos. Ele era uma pessoa que cresceu na vida, por esforço próprio; venceu discriminações e desafios e conquistou respeito e um espaço profissional. Mesmo com tantas vitórias, o sucesso não lhe subiu a cabeça e permanecia uma pessoa humilde, de bons princípios e um coração tão humano, quanto puro. Também ficava impressionada por ele não temer ser contagiado pela doença, mas se entregava a ajudar quem estava precisando de seu conhecimento. Ele fazia pesquisas em busca da descoberta da vacina. Colaborou no que pôde para ajudar Camile em sua reportagem. Dizia que era muito importante, até, mesmo, para levantar patrocínio para a descoberta da cura. Camile permaneceu com Floriano por cinco semanas e teve que voltar para o Brasil.

Camile chegou com informações suficientes para uma grande reportagem. Conseguiu a promoção que queria em seu emprego, mas seus pensamentos continuavam lá, com Dr. Floriano. Mas não era só o trabalho que a prendeu tanto tempo na África. Surgiram vários climas de romance entre os dois, mas ela resistiu. Fugiu de todas as tentativas do doutor. Deu várias desculpas e, ao final, confessou que não acreditava no amor e não queria se envolver com ninguém. Agora no Brasil, havia se arrependido de seu comportamento. Seu respeito por ele não poderia tirar os conceitos sobre o amor, que a seu ver, só levavam ao sofrimento. Tentou esquecer o que viveu, mas até seus sonhos a traíam durante os próximos dois meses.

Foi então que, durante uma notícia, resolveu voltar à África. Camile ouviu que a doença havia tomado uma proporção maior. Então, começou a fazer as malas e correu para o aeroporto. Esperou por muitas horas até que conseguiu partir. No avião não acreditava no que estava fazendo. Quantas pessoas queriam correr de lá e, ela, correndo para lá. “Só posso estar maluca!” Pensava. Mas seus sentimentos não a deixavam agir com coerência. Ela queria estar lá o mais rápido possível. Quando chegou, foi direto a procura de Floriano e descobriu que ele também estava doente. Mas ainda assim, estava trabalhando.

Camile, ao chegar em sua sala de pesquisas correu para abraçá-lo, mas ele se esquivou para não contagiá-la. Estava todo coberto com panos, inclusive com uma máscara. A doença era transmissível ao toque, também. Ela não resistiu e chorou. Ele, sem poder tocá-la, apenas sentou-se e via-se as lágrimas escorrerem sobre sua face. Ela se acalmou e assim, puderam conversar. Existia uma esperança. A vacina estava prestes a ser descoberta. Ele havia descoberto o agente causador. Era um vírus que se manifestava mediante a picada de um barbeiro que havia na região, ou contato com as secreções das feridas de um humano infectado. Mas era possível reverter as consequências que o vírus trazia para o organismo. Ele estava quase conseguindo, quando adquiriu a doença, o que atrasou o processo, pois suas mãos estavam cheias de escamas, impossibilitando a manipulação de certos objetos que precisava para concluir seu trabalho. Pediu ajuda a Camile, se ela não tivesse medo de se envolver mais naquela história, claro. Ela não pensou duas vezes e seguia todos os passos ordenados pelo doutor.

Foi mais uma semana de trabalho para chegar ao resultado final. Havia a vacina, para aqueles que ainda não haviam sido infectados e o antídoto, para os que já estavam doentes. Ele, mesmo, foi a cobaia. Já estava sem forças e, às vezes, deixava escapar uma desesperança em um resultado para ele, pois a doença já estava muito avançada. Camile não perdia as esperanças e colocou o antídoto em um soro, conforme orientação de Floriano. Dois dias se passaram e Floriano estava inconsciente. Camile, que já tinha tomado a vacina, passava dia e noite ao seu lado.
No início do terceiro dia, pela madrugada, Floriano se moveu e balbuciou algumas palavras. Camile acordou e ficou super feliz. Ela o acariciou e disse:

_ Meu amado, acorde! Acorde, pois preciso de você aqui, comigo, para sempre.

Ele abriu os olhos e sorriu. Depois, em voz bem baixa, mas com ótima dicção, disse:

_ Estou melhorando! Você conseguiu...

_ Nós conseguimos!

_ ...mas você disse que não acreditava no amor... o que mudou?

_ É... você pode esquecer aquelas minhas palavras. As disse porque eu não conhecia o amor. Agora eu conheço. E aquele que conhece, jamais o confundirá com paixão. Eu só lamento pelas pessoas que não o encontraram, pois é mais real do que a minha própria vida; é um sentimento que só pode vir de Deus, porque não é inconsciente, nem nos deixa aéreos, pelo contrário, nos deixa fortes e em condições de enfrentar qualquer coisa, inclusive a morte.